Dia de Maria

Postado em: 08/03/2023


Foto: cebi.org

Nem ela entende como, mas no fim do dia conseguiu, mais uma vez. Força, fé ou magia? Milton Nascimento, em sua música “Maria, Maria”, diria: é dom.

Em sua jornada diária, vários modos são ativados. No período da manhã ela inicia a profissão de cozinheira e mãe. Prepara o café, o lanche e arruma os filhos para a escola; então segue para o primeiro round do trabalho. No caminho, tem som, tem cor e tem muito suor. Ah, Maria, “a dose mais forte e lenta, de uma gente que ri quando deve chorar e não vive, apenas aguenta”.

A rotina se estende até o final do expediente. Nesse período ela foi tantas. Teve força, teve raça, foi gentil ... foi silêncio. Cansada, precisa estar sempre plena. Plena alegria, plena beleza, plena gentileza e precisa ter gana, sempre. É, Maria traz no corpo a marca e a mistura da dor e da alegria.

Ela ainda precisa de tempo para se cuidar, se amar, afinal, é mulher também. Ao final do dia: casa, jantar, filhos ... banho; tudo em ordem e no lugar certo, mas ainda tanta coisa por fazer, há tanto o que pensar, decidir, calcular; as plantas estão murchas, não deu tempo de aguar.

Ela deita e pensa: é Maria, vencemos mais um dia, tivemos manha, graça, deu até vontade de chorar algumas vezes, no dia. Mas o sonho persiste e amanhã a gente tenta outra vez. Essa estranha mania, da Maria, de ter fé na vida.

Marias, Anas, Julianas, Carlas, Rosanas, Fabianas...
Elas são tantas...

Feliz Dia da Mulher.
Homenagem do Departamento de Comunicação e Marketing e da Fundação Padre Albino

 


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