HPA realiza captação de múltiplos órgãos; a segunda deste ano

Postado em: 24/03/2023


Doação poderá beneficiar até dez pacientes que esperam por transplante. (Foto: Divulgação FPA)

Nesta quinta-feira (23) foi realizada a segunda cirurgia para captação de múltiplos órgãos no Hospital Padre Albino/HPA. O doador, um rapaz de 29 anos, foi à óbito vítima de acidente automobilístico. “Após ter dado entrada na emergência com traumatismo craniano grave, o rapaz foi submetido à cirurgia para correção da hemorragia cerebral, admitido posteriormente na UTI adulta, sendo, no dia 22, constatada através do protocolo de morte encefálica o óbito”, relatou o enfermeiro Carlos Eduardo Mancini Gomes, da Comissão Intra-hospitalar de Transplantes do HPA.

Foram captadas córneas, coração valvas cardíacas, fígado, rins e ossos que poderão beneficiar até dez pacientes que estão na fila de espera por transplante. Equipes de captação de Rio Preto e Marilia participaram da cirurgia.

Após acolhimento e escuta ativa, a dor da família deu lugar à esperança de saber que a doação poderia salvar a vida de outras pessoas. “Esse é um momento muito delicado. De um lado, temos uma família que perdeu seu ente querido, mas que, ainda assim, se colocou no lugar do outro e consentiu a doação. Do outro temos pacientes que lutam de alguma forma pela vida e que, graças a esse 'sim' familiar poderão recuperar a esperança e hoje ganharam o melhor presente que poderiam imaginar”, declarou Carlos Eduardo.

A última captação de múltiplos órgãos aconteceu em janeiro, numa ação conjunta dos hospitais Padre Albino e Emílio Carlos. Atualmente, além da decisão do próprio doador em vida, quem autoriza são os familiares com grau de parentesco até o 2º grau, sendo pais, filhos, irmãos, avós, netos ou cônjuges. “Nos solidarizamos com os familiares pela perda, mas nos sentimos muito gratos pelo gesto de generosidade que estes demonstraram através da doação. Reforçamos a importância do diálogo familiar a respeito do tema, pois através dele muitas vidas podem ser salvas”, ressalta o enfermeiro coordenador do CIHDOTT.

 


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