Alerta - Cresce incidência de doenças cardíacas e o desconhecimento do brasileiro chama atenção

Postado em: 05/02/2024


(Dr. Edson Sinhorini, médico cardiologista)

No Pronto Socorro do Hospital Padre Albino, atendimentos relacionados à cardiovasculares aumentou 48% de 2022 a 2023.

O Brasil enfrenta desafios significativos em relação à saúde do coração. A Sociedade Brasileira de Cardiologia indica que o país tem um falecimento ligado a enfermidades cardíacas a cada 90 segundos. O quadro assusta, mas não convence a população a procurar um especialista. Estudo da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo aponta que cerca de 23% dos brasileiros nunca foram ao cardiologista e dados do Ministério da Saúde apontam que cerca de 14 milhões de pessoas têm alguma doença cardiovascular.

Dr. Edson Sinhorini, médico cardiologista que atende nos hospitais Padre Albino e Emilio Carlos, explica que “doenças como hipertensão arterial, diabetes e dislipidemia induzem a aterosclerose, que é o depósito de placas de gordura na parede dos vasos, o que aumenta o risco de infarto e AVC. O sedentarismo, o estresse e a alimentação inadequada contribuem, e muito, para o problema”.

No país os casos de infartos registrados por mês mais que dobraram nos últimos 15 anos. Dados do Relatório de Atividades de 2023 da Fundação Padre Albino apontam que foram feitos 2.726 atendimentos, entre consultas e retornos, no Ambulatório de Cardiologia do Hospital Emílio Carlos, e aumento de 24% nas internações em relação a 2022. No Hospital Padre Albino, o total de atendimentos relacionados à cardiovasculares no Pronto Socorro aumentou 48%.

Quando é o momento ideal para procurar um especialista? Dr. Edson diz que “a urgência no atendimento é vital para quem está sintomático, ou seja, quem está com desconforto no peito, falta de ar, cansaço, palpitações, desmaios etc. Além disso, atenção redobrada para o tratamento adequado dos fatores de risco, mantendo o diabetes, o colesterol e a pressão arterial em níveis recomendados, com consequente redução do risco futuro".

O especialista analisa que rotina de vida inadequada somada a fatores genéticos, cigarro e descontrole dessas doenças gera cenário de risco elevado que precisa ser combatido. E dá a dica: “Não fumar, não consumir álcool em excesso, reduzir o sal, evitar açúcar e carboidratos, praticar atividade física, controlar o peso e buscar espiritualidade são comportamentos que evitam doenças e prolongam a vida”.


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