Rosana Alessandra Lopes, 40 anos, com câncer de mama e na terceira sessão de quimioterapia no Hospital Emílio Carlos, está usando touca para evitar queda de cabelo. “Recebi de presente dos meus amigos que se juntaram para comprar”, disse.

            A touca hipotérmica vem sendo usada como alternativa para evitar a queda do cabelo durante as sessões de quimioterapia. A touca é de plástico recheada com gel térmico que atinge 20ºC e atua com o princípio de estreitar os vasos sanguíneos, diminuindo o fluxo de sangue no local e também a quantidade de quimioterápicos que chegam nas células capilares, reduzindo a queda de cabelos.

            A touca ficou conhecida após o uso por artistas que passaram pelo tratamento, mas não é indicada para todos os casos, embora não tenha apontado efeitos colaterais. É preciso buscar a indicação com o oncologista, pois o seu uso depende do remédio e da dose que será usada no tratamento para poder avaliar a eficácia da touca. Pacientes com câncer no couro cabeludo ou hematológico, como leucemia e linfático, não são indicados.

            As empresas que comercializam a touca estimam que ela preserva de 50 a 80% dos fios. A apresentadora Sabrina Parlatore contou durante entrevista que perdeu cerca de 30%. “Notava que estava caindo, mas quem não sabia do tratamento não fazia ideia. O cabelo caiu de forma homogênea, não ficaram falhas e isso ajudou para que ninguém percebesse. É claro que o cabelo ficou mais fino, sem brilho e mais ralo, mas valeu a pena não ficar careca”, explicou.

            A touca é específica para o couro cabeludo. As sobrancelhas, cílios e outros pelos do corpo caem durante o tratamento. É recomendado ao paciente o uso de agasalho devido às baixas temperaturas da touca e um dos sintomas é a dor de cabeça. O Ministério da Saúde informa que, por ser um produto e não um procedimento, a touca não é incorporada ao tratamento quimioterápico ofertado pelo SUS (Sistema Único de Saúde).

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