Emoção e encantamento na missa que abriu as comemorações do centenário da chegada de Padre Albino

Postado em: 30/04/2018

                 Emoção e encantamento foram dois sentimentos que marcaram a missa que abriu a programação comemorativa dos 100 anos da chegada de Padre Albino a Catanduva no último dia 28 de abril na Igreja Matriz de São Domingos.

            Celebrada pelo Bispo da Diocese, D. Otacílio Luziano da Silva, a missa contou com a participação dos padres das paróquias de Catanduva e região e do coral “Vozes da Pedagogia”, do curso de Pedagogia da UNIFIPA, composto por 26 pessoas (13 alunos do 2º ano e 13 professores), com regência de Angélica Amêndola de Oliveira Silva e de César Augusto da Silva ao teclado. O coral encantou a todos os que assistiram a missa. Um bolo de seis andares, com imagens de ações de Padre Albino, colocado no corredor central da Matriz durante a missa, está agora ao lado do sarcófago dele, onde ficará por um mês e depois será levado ao Museu Padre Albino. Ao final da missa os participantes ganharam uma lembrança do centenário.

            Antes da bênção final, D. Otacílio passou a palavra ao presidente da Diretoria Administrativa da Fundação Padre Albino, Dr. José Carlos Rodrigues Amarante, que agradeceu a todos os que ajudaram a viabilizar aquela missa e destacou a brilhante apresentação do coral do curso de Pedagogia da UNIFIPA.

            Amarante disse que “nada melhor do que celebrar uma Santa Missa no templo construído pelo próprio homenageado e onde atuou até o fim de sua vida”. Para ele, o valor de uma missa para os católicos é inestimável. “Todavia, por mais que homenageemos Padre Albino, talvez ainda não seja suficiente para agradecer por tudo o que ele fez por Catanduva e região”. E continuou: “Pela nossa fé cristã podemos até afirmar que Padre Albino não morreu. Apenas que seu corpo se consumiu pelo próprio curso da natureza; porém, seu espírito vive pulsante nas obras que realizou em vida e que ainda continuam a existir”.

            Lembrou que os restos mortais de Padre Albino jazem no sarcófago, naquela igreja, aguardando pelas promessas divinas. “Suas obras, porém, continuam vivas na vida, na mente e no coração de todos nós. Remanescem também na razão de ser e de existir das instituições que criou”, salientou.

            Para o presidente da Fundação, “as singelas homenagens que vamos prestar ao longo deste ano com certeza não serão suficientes para agradecer Padre Albino. Porém, humilde como era, talvez ainda achasse exagero. Grande homem, grande alma, inigualável benfeitor. 100 anos é um longo tempo; porém seu amor ao próximo continua produzindo frutos através das obras que deixou como legado a todos nós, como prova de que só o amor constrói”. Por fim, Amarante afirmou que o exemplo de força e coragem de Padre Albino “nos impulsiona a preservá-las em seus valores e finalidades”. E convidou a todos para participarem das homenagens que serão prestadas a Padre Albino ao longo de todo ano.

            Uma das pessoas que se emocionou muito durante a missa foi Vera Helena Milan Leão, secretária de Padre Albino por seis anos, até sua morte. Disse que são muitas lembranças que vêm à tona. Lembrou-se de muitas passagens pessoais, do cuidado de Padre Albino para com ela. “Tive também momentos de estresse; chorei no trabalho algumas vezes; ele também era enérgico”, ressaltou.

            Vera disse agradecer a Deus por ter tido o privilégio de estar ao lado de Padre Albino, trabalhando durante os seus últimos seis anos de vida. “Por ter vivenciado tão de perto o seu jeito de ser, de agir, de trabalhar, sempre em benefício do próximo. Vivenciei sua dedicação e determinação para atingir seus objetivos. Foram muitas batalhas, muitas incompreensões, mas muitas conquistas nos últimos anos de sua vida. Um trabalho incessante e sem trégua. Um grande homem. Só agradecimentos. Creio que é o mínimo que podemos fazer para agradecer este Santo homem”, considerou Vera.

            Padre Albino fugiu de Portugal, pois a Revolução de 1910 expulsou os padres daquele país e ele, preso, foi condenado ao degredo na África. Chegou ao Brasil em 1912, com 30 anos, no Rio de Janeiro, e em seguida passou, como padre, por Jaboticabal, Jaú e Barra Bonita. Em 28 de abril de 1918 Padre Albino chegou a Catanduva, tornando-se um dos personagens mais marcantes da história do município e de sua população.

            As próximas atividades da programação são a abertura da exposição fotográfica “A vida e obra de Padre Albino” dia 10 de maio, na Pinacoteca Municipal, e a estreia para convidados da peça “Padre Albino: legado para uma cidade” no dia 11, no SESC Catanduva. A programação completa está em www.fundacaopadrealbino.org.br/100anos

 

           

 

 


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